Se por um lado a crise gerada pela pandemia do Coronavírus paralisou diversos segmentos da economia, por outro, impulsionou aqueles que se mostraram essenciais no enfrentamento do vírus. A comunicação está nesta categoria. No último mês, as instalações de aplicativos de notícias cresceram 68%, segundo estudo da RankMyApp para o Núcleo Jornalismo, o que reforça a tese de que, em tempos de crise, as pessoas recorrem cada vez mais a fontes confiáveis de informações.

Em março, a Folha de S.Paulo Online bateu seu recorde de audiência, com 70 milhões de visitantes únicos, número que superou o registrado em outubro de 2018, mês das últimas eleições, quando chegaram a 64 milhões de usuários únicos. Na análise do diretor de Redação, do jornal, Sérgio Dávila, “nesta crise, o jornalismo de qualidade demonstra mais uma vez o seu valor para a sociedade.

O UOL também registrou índices de acesso sem precedentes em sua história devido à cobertura da crise mundial provocada pela pandemia. Em março, de acordo com o Google Analytics, o conteúdo produzido pela redação do UOL gerou 951 milhões de sessões, superando amplamente o recorde anterior, de outubro de 2018, mês das últimas eleições, quando 777 milhões de sessões foram registradas.

Para democratizar o acesso às informações de utilidade pública, diversos sites no Brasil desligaram seu sistema de paywall, que restringe a leitura de usuários que não assinam o serviço, seguindo uma tendência mundial.  Pelo menos 12 jornais brasileiros tomaram esta medida, entre eles, a Folha de S.Paulo, o Estado de S.Paulo, e o Globo, no Rio, além do Correio (BA), O Povo (CE), Gaúcha ZH (RS), O Correio do Povo (RS), Jornal do Comércio (RS), Gazeta do Povo (PR), NSC Total (SC), A Gazeta (ES) e O Popular (GO).

Mas a desinformação também cresceu neste período, no qual as redes sociais são um campo fértil para sua disseminação. Para combater o mal, que pode ser extremamente danoso no controle do vírus, as principais plataformas de comunicação começaram a tomar medidas. O Whatsapp limitou o reenvio de mensagens a um destinatário por vez, além de utilizar setas duplas para indicar que a mensagem não foi criada por quem enviou. O Google News e Facebook também anunciaram políticas mais duras para o controle das fake news.

A disseminação de falsas notícias é tão sério que chamou a atenção até da Organização Mundial de Saúde (OMS), que a considerou um surto com risco potencial à saúde pública, chamado por entidade de infodemia. Informações imprecisas sobre a Covid-19, a doença respiratória causada pelo coronavírus, estão se espalhando mais rapidamente do que o próprio vírus”, disse Aleksandra Kuzmanovic, gerente de mídias sociais da OMS, em entrevista à rede de televisão CNN, no início de março.

Nesta seara de informações, é preciso separar o joio do trigo, e apoiar sempre o jornalismo profissional e de qualidade.

Foto: Gabriel de Paiva / O GLOBO 

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